segunda-feira, 16 de julho de 2007

O QUE FALAM QUE SOMOS QUANDO PASSAMOS?

Texto de Joel Theodoro,
pastor no Rio de Janeiro
Fotos: http://www.flickr.com



Havia um homem que andava por muitos lugares. Lugares difíceis, de um povo de vida difícil, em tempos muito difíceis. Para se ter uma idéia, a dificuldade era tamanha que, com toda certeza, reis daqueles dias tinham vida muito menos regalada que a maioria dos adolescentes de uma cidade razoável do mundo moderno.
Esse homem tinha, no entanto, um conhecimento que é exatamente igual ao que temos ou podemos ter ainda hoje: ele conhecia Deus de maneira na medida em que é possível conhecê-lo. Era um profeta. Era um homem que de sua simplicidade extraia a profundidade de suas ações. E suas ações, no final de tudo, eram as ações de Deus através dele.


Quando nos deparamos com a vida e todas as circunstâncias que ela eventualmente nos prepara, uma pergunta deve estar diante de nós: o que as demais pessoas vêem em mim quando passo? Vejamos que o profeta, e falamos de Eliseu, jamais disse nada que poderia fazer com que o pensamento das pessoas fosse mudado em relação a ele, mas ele simplesmente vivia como alguém que tinha vida com Deus de fato.
Em Suném, no Oriente Médio de uns 2.700 anos atrás, uma mulher rica, em cuja casa Eliseu costumava comer e descansar sempre que por lá passava, comentou com seu marido “Sei que esse homem que sempre vem aqui é um santo homem de Deus.” Isso está em 2 Reis 4.9.
Nossas preocupações modernas podem ser muito diferentes daquelas que se abatiam sobre os homens e mulheres daquele tempo. A comida era outra, as roupas, diferentes e a própria razão humana parecia sofrer males diferentes dos modernos. Uma coisa, no entanto, parece nos aproximar das pessoas de outrora, que é a questão da observação sobre os fatos evidenciados por Deus em direção àqueles que ele determina que ajam em seu favor ou em favor de sua causa.
Trago a mesma pergunta do título para nós, e pergunto, neste Rio de Janeiro, América Latina pós-moderna, século XXI, entre gente rica e gente pobre: O que falam que somos quando passamos? Jesus também quis saber o que se falava dele, quando perguntou “'E vocês?', perguntou ele. 'Quem vocês dizem que eu sou?'” (Marcos 8.29). Nós precisamos saber como estamos e o que se vê em nós quando passamos: homens santos de Deus? Espero que sim, para todos nós e em todo o tempo de nossa existência terrena. Quanto à resposta à pergunta posta, deixo-a para que cada um a dê a respeito de si mesmo, esperando que todos tenhamos preocupação de fazê-lo à luz da Palavra de Deus.

Para cada um de nós, homens atuais, surge uma oportunidade ímpar de termos o relacionamento com Deus restaurado a partir daquilo que ele mesmo nos disponibiliza. Não é fácil irmos a Deus; diria que é impossível. No entanto, Deus tem todos os meios para nos fazer ir até ele no momento mais decisivo de nossa vida, não por facilidade, mas por viabilidade graciosa. Nosso pensamento, centrado na Palavra de Deus, é que ele, nesta ocasião, pode perfeitamente estar em fase de execução de dois planos simultâneos: resgatando os seus filhos que estavam cansados e desanimados e trazendo vida aos seus que ainda não o conheciam. Em qualquer das condições, nossa oração é que esta seja uma noite de (re)encontros entre muitos filhos e o Pai Amado.
Que possamos, a partir de hoje ouvir quando passamos: lá vai um santo homem de Deus!

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