quinta-feira, 9 de agosto de 2007

A VERDADEIRA PAZ

Texto de Joel Theodoro,
pastor no Rio de Janeiro
Fotos: http://cognosco.blogs.sapo.pt/ e http://www.amoremlinks.net/


A trégua de Natal de 1914:
A incrível trégua não oficial em 25 de Dezembro de 1914.

"Não há a menor dúvida de que realmente aconteceu - a trégua de Natal não oficial de 1914 - mas até hoje, muitas pessoas não estão totalmente a par dos detalhes e extensão deste notável hiato na guerra, que ocorreu durante aquelas poucas horas do quinto mês do primeiro ano de conflito.Para a maioria das pessoas, a trégua foi observada pelos britânicos e alemães na parte mais ao sul do saliente de Ypres, na Bélgica. Entretanto, ela ocorreu em vários outros pontos do Front Oeste e por outros combatentes, notadamente os franceses e belgas, embora o fato que os alemães estavam situados em território francês ou belga inibiu qualquer grande demonstração de boa vontade para com os oponentes alemães."
Assim começa a narrativa de um interessante site que trata dos episódios de guerra, com especial destaque para as grandes guerras mundiais. E continua, pois temos notícias posteriormente colhidas de que os fatos são realmente verdadeiros. O lugar em que se passa a maior parte dos relatos é um lugar chamado sugestivamente "Terra de Ninguém", um labirinto de trincheiras escavadas no meio da Europa de início de século XX, bem quando as correntes do pensamento humano imaginavam que a evolução social e interior do homem poderiam levá-lo à paz.
Tropas alemãs de frente a tropas britânicas. Frio, chuva e temor invadindo a alma daqueles homens cuja missão lhes era superficialmente revelada. Tinham família, casas, interesses pessoais, mas tudo estava em perigo iminente por causa do conflito de grandes proporções. A narrativa continua:
"Muitos soldados alemães tinham, como era seu costume na véspera de Natal, começado a montar árvores de Natal, adornadas com velas acesas – com a exceção que, desta vez, foram posicionadas ao longo das trincheiras do Fronte Oeste. Inicialmente surpresos e, então, desconfiados, os observadores britânicos reportaram a existência delas para os oficiais superiores. A ordem recebida foi que eles não deveriam atirar mas, em vez disso, observar cuidadosamente as ações dos alemães.A seguir foram ouvidos cânticos de Natal, cantados em alemão. Os ingleses responderam, em alguns lugares, com seus próprios cânticos. Aqueles soldados alemães que falavam inglês então gritaram votos de Feliz Natal para “Tommy” (o nome popular dos alemães para o soldado britânico); saudações similares foram retribuídas da mesma maneira para "Fritz".
Em algumas áreas, soldados alemães convidaram "Tommy" para avançar pela "Terra de Ninguém" e visitar os mesmos oponentes alemães que eles estavam tão absortos em matar poucas horas antes".
...
"O mais notável de tudo foi, talvez, a história da partida de futebol entre o regimento inglês de Bedfordshire e as tropas alemãs (alegadamente vencido por 3-2 pelos últimos). O jogo foi interrompido quando a bola foi murchada após atingir um emaranhado de arame farpado. Em muitos setores a trégua durou até a meia-noite de Natal; enquanto em outros durou até o primeiro dia do ano seguinte".
Infelizmente, como sabemos, essa paz não durou mais que uma noite ou, em alguns casos, alguns poucos dias. A paz humana, em sua ordem geral, segue esse mesmo modelo: suspensão de circunstâncias conflituosas por algum período, cujo fim não tarda em chegar, seja por horas, alguns dias ou poucos anos.

Fonte de pesquisa: site Grandes Guerras (http://www.grandesguerras.com.br).
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Sabemos por experiência própria que uma das mais antigas aspirações humanas é a vida em paz. Ele passa a vida inteira procurando ter paz com o que o cerca e, o mais dramático, em paz consigo mesmo. Paradoxalmente, a busca pela paz leva o homem a viver uma das mais antigas e intensas frustrações a que a raça humana se submete desde tempos imemoriais.
Precisamos nos perguntar, portanto: Que tipo de paz buscamos? O versículo 23 do texto de João 14 nos ajudará a obter a resposta certa, a qual nos servirá como parâmetro para sair do processo de busca e alcançar a verdadeira paz.
Todas as formas de paz que o homem pode alcançar por seus próprios meios será sempre uma paz passageira e fugaz, mesmo que dura alguns anos ou mesmo toda uma era. Afinal de contas, o que são períodos de tempos assim se comparados aos processos eternos? A Pax Romana, os armistícios, situações modernas como a do Iraque e tantas outras coisas só poderiam nos levar à conclusão que, por mais intencionados que estejamos, a nossa paz, aquela que alcançamos por nossos esforços, terá um final.
Entender o que Jesus diz é fundamental para nossa jornada de paz. No trecho de João, vemos que Jesus não se dirige a quaisquer pessoas, mas especificamente àquelas que são morada dele. Ele fala a pessoas que estão inseridos no contexto de filiação, o que representa um requisito prévio para a obtenção da paz verdadeira. Com isso, quero dizer que ninguém, a menos que seja participante da vida de Cristo, poderá usufruir paz verdadeira neste mundo. Vejamos que há duas características de pessoas mencionadas pelo evangelista, e são elas os que amam Jesus e os que obedecem suas determinações.
Obedecem a Jesus

Entendemos pelas Escrituras que há apenas uma possibilidade para se obter a verdadeira paz: em Jesus (27)
Se lermos novamente o texto da Trégua de Natal de 1914, veremos como aquilo representou esperança de paz, seja para toda a coletividade, seja para os indivíduos envolvidos. No entanto, o que de fato precisamos não se resume a algumas horas sem tiros, mas toda a vida presente em estado de tamanha proximidade com o Pai que a nossa vida se sinta repousada de tudo que é problemático que há em redor de nós.
Por isso, é bom que entendamos que Jesus nos deixa a paz - Jesus não veio nos oferecer uma paz qualquer, como a de apenas uma noite de Natal: mas A paz. A única capaz de tirar as mazelas do coração humano e lhe aplicar respostas nunca antes imaginadas. Essa é a mesma paz de Filipenses 4.7, que vai além do entendimento e que guarda nosso coração (sentimentos) e nossa mente (intelecto).
Jesus nos deixa a paz. Pelo fato de ele ter ido ao Pai, sua paz "ficou" (como fruto de sua promessa) para os que o amam e lhe obedecem. É uma espécie de conseqüência que acompanha todo o que nele crer, fazendo parte dos benefícios herdados da salvação pessoal.
Ele nos dá a sua paz - Além da paz geral de sua promessa, há uma outra parcela de paz, particular, dele mesmo: "a minha paz". Não bastando ter nos deixado a paz, Jesus ainda nos presenteia com a sua paz, como se fosse algo particular e peculiar, pertencente a ele e que ele faz questão de passar para nós. É uma ação pessoal de Jesus, que reparte entre nós não apenas pães e peixes, mas a sua paz. De onde lhe viria a paz que nos oferece senão da cruz em que foi pendurado? O gesto de conquista é dividido conosco!

Quais seriam então os resultados imediatos da paz verdadeira? São três:
1. Ter paz real, o que parece redundante, mas não o é, haja vista haver Jesus se dirigido diretamente àqueles que já o conhecem, que vivem a sua paz verdadeira mesmo em meio às inúmeras lutas da vida; 2. Ter uma paz que nos leva a viver sem perturbação no coração (área dos sentimentos). O significado do termo bíblico "coração" mais conhecido de todos é a área dos sentimentos humanos. Enquanto alguns povos criam que os sentimentos estavam no fígado ou no estômago, os antigos hebreus atribuíam ao coração os sentimentos humanos. Portanto, Jesus nos oferece vida sem perturbação em nossos corações, o que representa dizer sem perturbações emocionais. 3. Ter uma paz que nos faz viver sem medo do que está ao redor. Essa também é uma conseqüência direta de se alcançar a paz verdadeira em Cristo. Por qual razão temeríamos se Jesus mesmo nos presenteou com sua gloriosa paz?

O que precisamos fazer:
Pedir a Deus a capacidade de amar Jesus e obedecer a sua palavra da maneira cristã e bíblica;
Dedicar sua vida à satisfação do amor de Deus expresso no sacrifício de Jesus na cruz do Calvário;Falar com Deus sobre essas coisas se perceber que esse é o seu momento em que está sendo chamado para se aproximar de Deus.

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